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Ela tinha ficado noiva há poucos dias antes do acidente, tendo que adiar o casamento, que ficou pra abril desse ano. Ela tava indo comprar uma revista de noivas quando foi batida... era na hora do almoço e meus pais foram pro hospital e só voltaram com uma Ana de perna enfaixada e toda ralada, com ferimentos dolorosos de se ver pelo braço e nas pernas, principalmente na quebrada (por isso demorou poder engessar. Tinha que sarar tudo primeiro).
Os quase seis meses sem poder trabalhar, ir à igreja, andar, fazer as coisas por si própria... principalmente mexer com os preparativos do casamento... acho que foram os mais torturantes da vida dela. Talvez da nossa também por acompanhar esse sofrimento.
Foi um período difícil, porem de muito aprendizado para todos nós, não só a família, mas, também as pessoas mais próximas. Ana conseguiu comover Rondonópolis inteiro com seu acidente. Zoavamos dela por todo mundo conhecê-la, mas, devo acrescentar que isso é uma contribuição do fato de minha mãe ser a dirigente geral do Circulo de Oraçao¹. Era tanta gente que aprecia aqui para visitá-la que impressionava.
Todo mundo sempre repetia a mesma pergunta: “Por que a Ana? Justo agora que ia casar?...” Todos indignados querendo saber o porquê disso tudo. Bem na época do casamento, a casa quase pronta, mínimos detalhes apenas para ser acertado... da igreja, do clube, disso e daquilo...
Teve dias de eu achar que a Ana iria dar um trem. Era um desgaste emocional da pega pra ela. Havia momentos que nem mais a irmã-queridinha-sempre-feliz que sempre levanta o astral de todo mundo (euzinha aqui ) sabia o que fazer!
Enfim, ela já se casou em abril, dia dezessete, quase um mês após tirar o gesso, mancando ainda e sem poder usar salto (até hoje!). Isso foi um marco nas nossas vidas, principalmente na dela. Foi maravilhoso contemplar as misericordiosas mãos do Senhor cuidando de tudo. Cada pequeno detalhe. O casamento saiu uma perfeição (olha eu babando) e hoje é ó bênçãos pra contar e glorificar a Deus.
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¹ vou fazer



